Governo quer trabalho forçado aos Idosos pobres
Estamos num processo de mudanças para pior onde conquistas anteriores estão dando lugar ao retrocesso em direitos básicos. O que hoje chamamos de melhor idade e consideramos como sendo um grupo de pessoas de alto astral, deixará de ser por conta de que a terceira idade do amanhã não terá tempo para brilhar uma vez que estará tendo que trabalhar muito mais para tentar sobreviver.
Michel Temer quer os velhinhos na ativa |
Perderá todo o seu brilho por conta das medidas econômicas que estão em pauta pelo governo Temer e aliados, apoiadas pela grande mídia com a conivência do judiciário.
É uma situação muito cruel estar ultrapassando os 50 anos de idade e se dar conta da dificuldade que é encontrar uma vaga no mercado de trabalho. Quem não está empregado e precisa de uma recolocação tem pela frente um grande desafio: como arrumar um emprego para uma pessoa “praticamente idosa”?
Segundo o "Estatuto do idoso", todo cidadão brasileiro, homem ou mulher, na idade de 60 anos ou mais de idade é considerado idoso. Em vez de se aposentar pelo tempo de serviço, o Estado vai obrigar esses idosos a trabalhar por 49 anos seguidos para receber o beneficio integral. Como estado entende-se o governo de Michel Temer (aposentado aos 55 anos), seus aliados e a imprensa, principalmente.
Para isso ressaltam falta de dinheiro, mas não ressaltam a má administração, as regalias, os desperdícios, os juros exorbitantes. Insistem que a expectativa de vida aumentou, sendo que a média nacional chega a 73 anos. Com isso deixam claro que o governo quer reduzir o tempo em que a pessoa (que trabalhou e contribuiu a vida inteira) vai permanecer aposentada.
Na melhor das hipóteses, uma pessoa que começou a trabalhar aos 16 anos e contribuiu por 49 anos consecutivos, se aposentará aos 65 anos, tendo uma expectativa de ficar 8 anos em média curtindo a aposentadoria e depois vai morrer. Se a pessoa começou com 26 anos ou levou 59 anos para ter as 49 contribuições, só se aposentará aos 75 anos. Para a maioria a proposta do governo significará pagar a vida inteira para morrer antes de adquirir o direito.
Na melhor das hipóteses, uma pessoa que começou a trabalhar aos 16 anos e contribuiu por 49 anos consecutivos, se aposentará aos 65 anos, tendo uma expectativa de ficar 8 anos em média curtindo a aposentadoria e depois vai morrer. Se a pessoa começou com 26 anos ou levou 59 anos para ter as 49 contribuições, só se aposentará aos 75 anos. Para a maioria a proposta do governo significará pagar a vida inteira para morrer antes de adquirir o direito.
A mídia, por sua vez, nos inunda com propaganda, onde idosos correm e saltitam felizes pela praia da enganação indo a caminho do novo emprego. Reportagens incessantes ressaltam casos isolados onde empresas contratam idosos pela experiência, entre outras balelas que só tem por objetivo enrolar e convencer os menos atentos e desavisados.
O empresariado, ávido por redução dos custos de mão de obra, celebra a ideia de ter mais uma multidão de idosos se juntando aos milhões de desempregados. Quanto mais desemprego houver mais barato é a mão de obra. Como justificativa para pôr os velhinhos de volta ao trabalho, usam frases como:
“O valor das conquistas profissionais e do conhecimento acumulado ao longo da vida é sempre bem-vindo no ambiente corporativo”.
“Foi-se o tempo em que, com o aumento da idade, o profissional se tornava improdutivo. Hoje em dia, muitos idosos estão buscando até começar a segunda carreira, pois têm disposição e potencial para agregar mais valor às empresas”.
“Essa é a beleza da diversidade no trabalho. O potencial humano não se limita à idade”.
Meias verdades. Imagine a satisfação de um idoso trabalhando dez horas num abatedouro, na construção de um edifício, numa lavoura de cana, ou em outro trabalho do tipo, ao ouvir frases como essa.
Não bastasse isso ainda há quem, além de defender essa ideia de obrigar os idosos a trabalhar, acha que os está ajudando quando sugere que todos que já passaram dos 55 anos abram sua própria empresa, tenham seu próprio CNPJ, e assim possam emitir nota fiscal de serviço. No fundo não querem contratá-lo pela CLT. É mais barato tê-lo como prestador de serviço.
No mesmo sentido há ainda aqueles que vivem viajando na maionese e, tentando achar uma saída politicamente correta para pôr os idosos no batente sugerem que diante das nossas leis trabalhistas, uma boa alternativa para o idoso continuar no mercado de trabalho é atuar como consultor e profissional autônomo.
Nenhuma dessas pessoas frisa o básico: o sujeito trabalhou e contribuiu a vida inteira e agora lhe resta pouco tempo de vida. Sua saúde já não esta tão forte assim e em vez do descanso merecido, o governo lhes premia com um retorno forçado ao trabalho. Um trabalho forçado.
Sósia de Michel Temer quer mudar de rosto
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